quinta-feira, 20 de abril de 2017

PRECONCEITO LINGUÍSTICO










Entende-se como preconceito linguístico o julgamento depreciativo contra determinadas variedades linguísticas. Segundo a linguista Marta Scherre, o "julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala" geralmente atinge as variedades associadas a grupos de menor prestígio social.




















Referências:

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Preconceito_lingu%C3%ADstico
https://youtu.be/iu4ra9tkFWM

By Ricardo Barão Lopes

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA







Variedade linguística é tema de redação no Projeto Educação
Regiões do Brasil usam palavras diferentes para uma mesma coisa.
Professora Fernanda Bérgamo falou dos tipos de variação.




      O Brasil é o quinto colocado na lista dos maiores países do mundo, com 8,514 milhões de metros quadrados de área. De uma ponta a outra, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), em linha reta, são 4,180 mil quilômetros. Em um país assim, de tamanho continental, é normal que existam culturas diferentes em cada região. Da mesma forma, se comporta a língua, como explicou a professora Fernanda Bérgamo, na reportagem de redação do Projeto Educação, nesta quarta-feira (9).


      Em cada estado brasileiro, as pessoas falam de um jeito, com sotaque próprio e, muitas vezes, chamam as mesmas coisas por nomes completamente diferentes. A pipa, por exemplo, também é chamada de papagaio e pandorga. O pão francês também tem muitos nomes – em São Paulo, é pãozinho; no Maranhão, é pão massa grossa; no Pará, careca; os sergipanos chamam de jacó; e os paraibanos, de pão aguado; no Ceará, é pão de sal; em Santa Catarina, pão de trigo; no Rio Grande do Sul, cacetinho.


      Essa diferença na forma de falar e escrever se chama variação linguística. “Há a variação histórica. Antigamente, escrevíamos farmácia com ‘ph’, hoje escrevemos com ‘f’. A gente precisa considerar também que, de 2009 para cá, vivemos o período de transição para o Novo Acordo Ortográfico. Até o final de 2015, é aceito escrever ideia, estreia e geleia com acento. A partir 2016, acentuar essas palavras será falha gráfica”, comentou Fernanda Bérgamo.


      As diferença nas palavras, nas expressões e no sotaque se chama de variação regional. “Ela é representada em muitos elementos que recebem nomes diferente dependendo da região. A nossa macaxeira, em algumas regiões é chamada de mandioca e em outras de aipim. O nosso jerimum é conhecido como abóbora. Além das variações, temos os diversos sotaques”, destacou a professora.


      A variação cultural é diferente. Nela, estão as gírias, os jargões e as expressões usadas por grupos diferentes, como os surfistas e cantores de rap. “Os jovens gostam de gírias. Ainda temos jargões profissionais, entre jornalistas, advogados, policiais. E ainda temos o ‘internetês’, que é moderna e faz uso quase abusivo de abreviação e reduções. É compreensível, já que o espaço é pequeno para comunicação. Mas a concisão é boa, porque é característica essencial para um bom texto”, finalizou Bérgamo.








Referências:

http://g1.globo.com/pernambuco/vestibular-e-educacao/noticia/2013/10/variedade-linguistica-e-tema-de-redacao-no-projeto-educacao.html

https://www.youtube.com/watch?v=6fBOVygtNoU


By Janaina Amarilho

COERÊNCIA E COESÃO


O que é coesão textual?

Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:
as referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
as substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).
os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
a correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.

São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias. O que é coerência textual?

Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:

"As ruas estão molhadas porque não choveu"

Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.

Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:
Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.
Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente
Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.


Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.

Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.

Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.

Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.


Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada um dos conceitos apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos.

























Referências:

http://www.infoescola.com/redacao/coesao-e-coerencia-textual/

https://youtu.be/XV1kfYB7NLc

https://youtu.be/64DIl3g2FEo



By Carla Corrêa 

PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS


Pressuposto
Pressupostos (Dic. Houaiss): Circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro, pressuposição, conjectura, suposição.

Anteriormente acreditava-se que pressuposição eram as condições de emprego de um enunciado, mas com a ajuda de Ducrot(1972), tal pensamento começa a se modificar, passando a ser parte integrante do sentido. Segundo ele, “pressupor não é dizer o que o ouvinte sabe ou o que se pensa que ele sabe ou deveria saber, mas situar o diálogo na hipótese de que ele já soubesse”.


Os pressupostos são as informações que podem ser recuperadas no implícito das sentenças.


Para melhor compreensão, analisemos alguns enunciados:



- “Pedro parou de fumar”, o pressuposto seria “Pedro fumava antes”.


- “Maria está bonita esta noite”, o pressuposto pode ser “Maria é feia”.



Observa agora a tirinha:





Como pressuposto entendemos que Jon antes tinha xampu.



Subentendido
Subentendidos (Dic. Houaiss): aquilo que se pensa ou se deduz, mas que não foi dito ou escrito.
Por subentendido entende-se, o que se manifesta a partir de uma reflexão a respeito das condições de enunciação. Não está marcado na frase e sim no processo interpretativo. Por tanto o subentendido da frase poderia ser “Até Pedro parou de fumar, por que você não se anima?”


Devemos considerar os conhecimentos enciclopédico dos interlocutores, ou seja, a bagagem, os saberes, experiências de vida, normas sociais, cultura etc.



Observe o exemplo:



A análise da tirinha nos leva a subentender que os livros permitem um crescimento intelectual maior do que a televisão, também que o ser humano não exercita o cérebro ao passar o dia todo assistindo a programas de comédia na televisão, entre outros.

Tanto o Pressuposto, quanto o Subentendido citados acima, são de extrema importância para a construção de sentido no texto. Sem eles, estaríamos fadados a apenas entender a superficialidade lexical, o que não faria jus a intenção reproduzida pelo autor.
















Referências:

https://youtu.be/D9WkArZVSyc

http://osletrados.blogspot.com.br/2012/11/estilistica-da-frase.html?m=1

http://www.slideshare.net/anamoura84/pressuposto-e-subentendido-48410889?from_m_app=android



By Elizabeth Moraes da Silva

AMBIGUIDADE


Significado de Ambiguidade


O que é Ambiguidade:

Ambiguidade é a qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.

A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.

Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”.


A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo.

Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
Ambiguidade Lexical e Estrutural

Uma expressão ou texto ambíguo pode se apresentar de duas formas: ambiguidade estrutural e ambiguidade lexical.

A estrutural provoca ambiguidade por causa da posição das palavras em um enunciado, gerando uma má compreensão do seu significado.

Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.

As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta interpretação da frase e causando ambiguidade.

A ambiguidade lexical é quando uma determinada palavra assume dois ou mais significados, como acontece com a polissemia, por exemplo.

Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.

No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição.
Ambiguidade ou anfibologia

Na gramática, ambiguidade ou anfibologia é todo duplo sentido causado pela má construção da frase.

A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção.

Embora funcione como recurso estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, compromete o significado da frase.


Exemplos:

"Maria comeu um doce e sua irmã também". (Maria comeu um doce, e sua irmã também).
"Mataram o porco do meu tio". (Mataram o porco que era do meu tio).
"O guarda deteve o suspeito em sua casa". (Na casa de quem: do guarda ou do suspeito?).
Ambiguidade e Polissemia

O fato de uma palavra ter muitas significações é também chamado de polissemia.

A palavra “vela”, por exemplo, pode fazer referência à vela de barco, vela de cera (que serve para iluminar), ou pode ser a conjugação do verbo velar, que significa “estar vigilante”.







Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=GGJNDAG7kl0

https://www.significados.com.br/ambiguidade/



By Guilherme Schulz

By Simoni Marques

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO


A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:



A menina está com a cara toda pintada. 
Aquele cara parece suspeito.
Marcos quebrou a cara.


No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".


Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:


Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.


Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:


a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.


b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.




Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.















Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=yJG3fjBwI1k

http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil1


By Daniela Amorim Lopes